segunda-feira, 22 de outubro de 2018

AMOR E FIM


Quem desconhece
Irrefletir
Amor que aquece
Teu-meu mentir

Menti a mim
Antes que a ti
Minto a verdade
Do amor sem fim...


KIRO MENEZES

terça-feira, 9 de outubro de 2018

(PER) segue

Por que a distância me persegue?
Fosse quem fosse, o que fosse
fosse!
Mas ela? Me persegue!

Já não falo de proximidade há um tempo.
Já não minto nem boquejo nem arquejo nem bocejo há um tempo.
Já nem sinto o que nem sinto há um tempo
e já tem tempo!

Por que, desumana, me persegue?
Não te afaste o tempo, nem que fosse?
Nem estava em lampejos de amores?
Nem nas ruas morticeiras de mulheres...?

Vai distância desumana. E me deixa
deitar os cabelos
e descobrir a paz daquele peito
de pelos cocegueiros de um amado!

Se vá distância, que já tenho o que preciso!
Já tenho a saudade do menino
atenção e olhar cabreiro do menino
desejo e despeito do menino
e tudo mais que do amor é alimento!

Em paz se vá, feiticeira!
teus artifícios já fizeram seu efeito.
Agora deixa que me deito do meu jeito.
Vá e fique:
assim próximo
eu deleito!


Kiro Menezes

domingo, 7 de outubro de 2018

PARA E DEIXA

Às vezes o amor anda pra trás
volta uns passos
no raso desquerer de estar
é vago e senil
e se quer estar com outro
e o amor anda pra trás.

Talvez você não entenda
que é caro o bem querer
tão caro e raro o bem querer
tão seu de dentro o bem
e o querer.

Às vezes é fato que o amor anda pra trás
e às vezes não se sabe
nem sente
só vai sendo
simplesmente mente.

É triste o amor andar pra trás.
Como que não era de ser?
O amor - que vida - que tudo - e nada -
para... parada... da!
e deixa.

Às vezes... às vezes... às vezes o amor
desanda e vai pra trás.
E deixa que de dentro simples
e mente e para.


Kiro Menezes