Gravida de poemas azuis
ondas marulhentas reclamam - sonantes
Leves beijares mortiços e amantes
deixam teus olhos mortais e senis
Amor cor-de-lama,
lavada,
grudenta.
Lágrima magenta
de alma
lamenta.
Pari este verso,
transcrito,
transverso,
inscrito no sangue da manga do chão.
Guardei o passado na sombra do outono,
passado, passeio, passante no sono.
Levei aguardente, absinto, semente.
Planejei não voltar, estou aqui - novamente!